Ex-funcionária de Chiquinho da Mangueira confessa saques
indevidos na Alerj
Uma funcionária que trabalhava no gabinete do deputado Chiquinho da Mangueira (PMDB) foi a responsável por sacar indevidamente sete meses de salários do ex-presidente da Mangueira Roberto Firmino. Assessor de Chiquinho na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Firmino morreu em fevereiro, mas o salário mensal de R$ 6,4 mil foram recebidos ilegalmente até setembro.
A Corregedoria da Alerj confirmou, ontem, que vai ouvir, na terça-feira, duas funcionárias do gabinete de Chiquinho da Mangueira. Uma delas é Juciara de Souza Parente, que confessou ter sacado o dinheiro com um cartão de Roberto Firmino. Ela foi exonerada.
— Fui induzida a um erro, porque atravessava um momento difícil com minha irmã doente. Estou arrependida. Perdi o respeito e a confiança do deputado com quem trabalhei por dez anos — disse ela, chorando.
Ontem, o deputado confirmou que vai ajudar Jaciara a devolver os cerca de R$ 44 mil que foram recebidos indevidamente dos cofres públicos do estado.
— Ela era minha secretária e trabalhava comigo na Alerj. Cometeu um erro grave e me prejudicou também. Ela alegou que estava atravessando um momento difícil e que, por isso, cometeu esse erro. Como não tem todo o dinheiro recebido indevidamente, vou ajudá-la a devolver a quantia sacada. Se a Alerj me confirmar amanhã (hoje) o total retirado, deposito tudo logo na segunda-feira — disse o deputado.
Segundo Chiquinho, a secretária aproveitou que uma pessoa, indicada para ocupar a vaga de Firmino, foi reprovada no exame médico admissional. Sem a substituição do funcionário, o salário de Firmino continuou a ser depositado pela Alerj e sacado por Jaciara.
Ontem, a promotora Gláucia Santana, da Promotoria de Tutela Coletiva, disse, ao "RJTV", que abriu uma investigação para apurar como seis aposentados da Alerj continuaram recebendo salários, mesmo depois de terem morrido. O prejuízo com a fraude é de quase R$ 5 milhões.
Fonte: Jornal Extra
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